quarta-feira, 9 de março de 2011

Platônicamente sem verbo

Sem ideias
num horizonte distante
Bonita coisa essa:
maravilhosamente você na janela
E aqui? coração à toda?!
Pior que não...
Sofrimento também, junto com as boas
Tudo sem importância, nem ligo!
Mas e a vontade de um abrigo?
Alguém aqui!
Seu calor ou outro calor... com meu valor
Passos sem direção
Perdido sem fala, sem amor, só desejo
com a frieza da chuva
você generico, um sonho apenas
sem cor, calor...
Só isso, que pena
Sem ideia do depois

Evelin de Assis e André Peixoto

Um comentário:

  1. O abstrato de viver o platônico amortece o sentir, mas faz voar ao alcance de quem se quer sentir.
    Profunda poesia toca fundo.

    ResponderExcluir