quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Ciclo

À frente o demolido
Somente vigas ao sustentar o nada
Tratores cogitam quais passados remover
Enquanto isso carros de um lado ao outro levantam poeira
cada segundo de um mais fácil respirar
Paredes, vergalhões,
tijolos, azuleijos,
louças, almas
Desnudando o esqueleto de aço
Os carros não exitam rumo ao futuro
Mas qual futuro?
Com suas próprias respostas
jogam ventos de suas pressas
Vejo então suas almas nos cones atropelados
No horizonte nem mesmo as vigas restam

Aquele mendigo tem mais vida
Ele interrompe seu acaso para descansar...