domingo, 8 de maio de 2011

Espetáculo da natureza

Foto: José Duarte

Verde

Verde são frutas que não estão boas ainda
Verde nos diz que podemos seguir em outras
Verde cor de esperanças
Verde de definições indecisas
Verde de plantas e vida, nos cercando
Verde cor de bandeiras e fardas
Verde sem pátria ou ideologia
Verde só verde, seja azulado ou limão
Verde pra ti e pra mim, todos verdes
Numa unidade pitoresca madura de partir

Sonho de passarinho

Foto: José Duarte

Elogio à origem, causa e finalidade de tudo

À quem devemos tudo
do nascimento à fim que importe
elas e nós mesmos fagulhas de seu maná divino
todo elogio é primeiro à ela
merecedora de cada palavra e cada pausa
células e construtos odes de sua imagem,
meras cópias de suas maravilhas
aquela que pode criar e trazer luz
de nossos dias, e mesmo nos trazer
aos dias próprios onde passamos a
tentar fazê-la orgulhosa
Nada é  mais dificil que encantá-la
os segundos se devem à miríades
delas e mesmo elas devem às suas a dádiva da vida
Não posso falar mais do que o óbvio
Estamos todos por você
É tudo para você mãe

sábado, 7 de maio de 2011

Portal da natureza

Foto: José Duarte

Amor cego

Se um dia ficar sem assunto
vou ficar aqui falando palavras ao vento
inspirado por suas fotos,
falando sobre os nadas estasiados nos rastros do seu ser
Se um dia ficar sem assunto
me sentarei à sua sombra e ficarei admirando seus cabelos
Ficarei à suspirar por seus lábios
Ficarei à te amar em silêncio
Se um dia ficar sem palavras
darei graças que meu coração fica mesmo sem palavras quando te vê
e por não precisar de palavras para amar
Se um dia ficar sem palavras
farei minhas as palavras de poetas descrevendo deusas
Se um dia ficar sem palavras
estarei feliz por não ficar sem a visão de minha musa
Se um dia ficar sem palavras
darei um suspiro cego por você, minha paixão
Se um dia eu ficar sem palavras
passarei a desenhar o quanto te amo
Se um dia ficar sem você
não iria querer mais um dia

Parece

foto: José Duarte

domingo, 24 de abril de 2011

Entre pai e filho

Muitos vivem e não vêem a vida passar de maneira real
Pode despertar o olhar,
assim como quando uma foto chama a atenção
por lembrar um lugar despercebido
mas que sempre esteve lá.

Aqueles que passam a semana pra viver no fim de semana
entre boates e drinks não captam o sentido da vida
nem de fato sabem o que é viver:
Nem tudo que respira e se mexe esta vivo!

Quem sabe estas pessoas estão se iludindo
pensando que desta forma esquecerão algo que as fizeram sofrer
Ou apenas tentando se incluir
pois se acham excluídas ou ignoradas.

Quem sabe elas não sabem que ser pessoa é sofrer
e aproveitar mesmo assim
Que ser pessoa é buscar o que se quer
e não conseguir o que seus desejos almejam.

Algumas chegam a pensar que estão mortas de tanta solidão no meio da multidão.
Alguma estão mesmo mortas apesar estarem em família
Até lembranças são mais vivas que aqueles que vivem para esquecer.

Depende da natureza de cada um
pois algums esperam das famílias algo que só encontram fora.
Alguns procuram fora o que só depende delas
Pois é o papel da familia também:
Estar tão proximo que dê pra saber que coisas são estas ai
Dá pra auxiliar sem modificar o outro.

São essas coisas simples que mudam tudo e fazem o mundo girar
Todos nós precisamos de um héroi anônimo na família
que dá sem cobrar ou querer algo em troca
mesmo que seja para nossa felicidade.

Só depende de nós
Esse herói é a consciência
Mas conciência leva um tempo para ser a favor
Ela é arrogante como todo jovem
que quer vencer
Não sabe nem se o bem ou o mal.

Não dá prá enteder
Porque se leva tanto tempo para adquirir
O quão curta é a vida?
Levamos uma vida para entender o significado do que vivemos
As experiências são o que o nosso campeão consciência deve salvar.

Todos nós temos missão dura
Enquando achamos que sabemos alguma coisa por estudo ou dinheiro
e pensamos que somos fortes
mais não conseguimos cumprir essa missão:
Deixamos de acompanhar e perigosamente nos impomos
Tudo se resume numa palavra para toda a vida perdendo ou ganhando ajudando ou sendo ajudado:
Humildade.

Autores: André Duarte e José Duarte

Essa foi nossa experiência. Reflita sobre sua relação familiar e comente aqui, chame seus colegas para essa reflexão!

O ponto fixo

Ontem vi umas formiguinhas,
tinham operárias ocupadas e guerreiras a supervisonar 
Protegendo contra inimigos e contra quem desertasse
Em meio as formigas meu pensamentos bailaram para um garotinho
a correr pela praia
de sua tia fugindo
Quando do nada ou de tudo:
caiu uma amêndoa
Mais ou menos ai pensei que tudo segue seu curso
Das formigas às amendoas
daqueles que saem da partida de futebol às bolas que os servem
O ponto fixo nos persegue

quarta-feira, 13 de abril de 2011

100% contra o preconceito. E que se dane.

Se ser contra homofobia é ser gay
Se querer amar e ser amado é ser gay
Se ir contra tudo e contra todos por causa do que acredita e por causa do que sente é ser gay
Se ser contra preconceito e opiniões de algumas pessoas sem escrúpulos é ser gay
Se querer viver e deixar viver como se quer é ser gay
Se desejar que o máximo de pessoas sejam felizes do jeito que for é ser gay
Se ser a favor da alegria de se estar vivo é ser gay
Se celebrar o poder de deus usando rosa, branco ou preto ou qualquer coisa é ser gay
Se sorrir não importando o que me acham ou vêem em mim é ser gay
Se causar inveja a pessoas com autoestima baixa e sem inteligência é ser gay
Se ser alvo de violência verbal e física por causa do que acredito e sinto é ser gay
Se ser feliz do jeito como sou é ser gay
Então,
#EuSouGay


http://projetoeusougay.wordpress.com/

domingo, 10 de abril de 2011

Quereres e desejos

Quero receber teu carinho
Ser servo nos teus intentos
Povoar teus sonhos
Te abraçar quando tiveres pesadelos
Me encante ao amanhecer!
Me apaixone sob o luar!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Perdendo o controle

Passearia por tuas pernas ao vento perdido para os teus macios cetins
Sentiria tua pele roçar em meus pensamentos maldosos 
Subiria cada centímetro teu como colinas a vencer com carinhos

Beijaria teu seio como um âmago de energia
Faria teu colo uma central de calor
Te abraçaria o chão cedendo aos meus pés tua unha encravando em minha pele
gritando os prazeres que deseja
Não pensaria e nem precisaria dizer
Não seria responsável por meus atos
Seria tua arma
Seria teu servo
Pronto a aprender como elevar céus a meu anjo

domingo, 13 de março de 2011

Haikai para uma adição

Se caos servil
ordens molhadas podem
Vertem peixes

Projeto chocolate

quando chocolate penso
lembro abril você
páscoa que chega
fico só desejos
de alguém beijar
dividir um ovo
seja quem for
dizer que amo

doces ali faltam
tragam sonhos ilusões
presentes ao leite
futuro crocante como
mesmo de passado amargo...

quinta-feira, 10 de março de 2011

O que se pode fazer

Poderia escrever uma poesia só com pronomes
mas só consigo pensar em você
Poderia escrever uma poesia só com verbos
mas só consigo pensar em amar
Poderia escrever uma só com adjetivos
se pensasse em outros além dos seus
Poderia ter só conjunções
se as todavias me importassem
Não seriam de artigos
pois você é uma única
Poderia me utilizar dos substantivos comuns
se tudo em você não fosse próprio
Poderia definir por advérbios
se não pensasse em você em qualquer modo, lugar e tempo
Poderia usar de preposições
mas só vejo eu e você na oração
O que posso fazer são poesias de interjeições do que sinto:

Tomara!
Avante!
Uau!
Oba! Viva!
Bis!

quarta-feira, 9 de março de 2011

4eve

my passiones se vânt e si
minhas paixões são o vento e você
em ingles, latim, italiano, portugues e espanhol
e romeno esquecido
mas o sentimento nem precisa de tradução
expresso nos nossos semblantes
desejo descrever com você
amo te
i like you
me gustas mucho
Io vivo con te

Platônicamente sem verbo

Sem ideias
num horizonte distante
Bonita coisa essa:
maravilhosamente você na janela
E aqui? coração à toda?!
Pior que não...
Sofrimento também, junto com as boas
Tudo sem importância, nem ligo!
Mas e a vontade de um abrigo?
Alguém aqui!
Seu calor ou outro calor... com meu valor
Passos sem direção
Perdido sem fala, sem amor, só desejo
com a frieza da chuva
você generico, um sonho apenas
sem cor, calor...
Só isso, que pena
Sem ideia do depois

Evelin de Assis e André Peixoto

terça-feira, 8 de março de 2011

Todo dia é das mulheres

mulher mulher mulher
quem te fez pairou rodopiou e caiu num paradoxo
bela frontes delicadas espinhos
feitas de terra e água
mas por dentro fogo!
um ardente espirito de mãe e amante
um calor em tem seio que provem o mundo
te fez para fazer
moldada para moldar
teus servos são a criação e o desenvolvimento
tudo se volta à essa origem
nos adaptamos à você mulher
são damas todas
senhoras de mim
e de cada pedra
e  em meio em a cada pedra
despontam dificuldades uma fortaleza
cercando e protegendo
os reles outros
que nem se dignam a ser denominados
apenas filhos seus
penas seus amantes
penas seus acessórios

Se eu consegui meu intento
vou ouvir a musica mulher
foi ouvir a musica mulher
e escrever o que ouvi
mas claro que por mais que eu me esforce
não posso ter o ritmo
a harmonia
a graça
a beleza
por isso sai assim palavras toscas perto de tudo isso que é

segunda-feira, 7 de março de 2011

Ao Sono com carinho

Ao sono que a todos persegue
depois de um dia perseguindo
Um elogio ao rejuvenecedor
fonte dos sonhos acrílicos
Tributo de um dorminhoco
a quem apetece sonecas mil
Quando vem até mim
resistir é cair em teus braços
Deitar beijar o travesseiro
ser encantado pelo aconchego
Me leve daqui meu sono
leve até mundos outros
Só me devolva amanhã

domingo, 6 de março de 2011

Solidão

Não sei se ele ficou no passado
Não sei se ele estará no meu futuro
Só sei que ele não está no meu presente

Autor: Laryssa Serra

Além das 17 horas

Frias tardes em que fico aqui
derretido em pensamentos por você
alem das silabas o som explora
ventos sorridentes você
moldando rochas e dias
Nelas finco meus solados
carregando alegrias por meus sonhos caminhos
De surpresa as rédeas me fizeram
tomaram a dianteira
levaram ao abismo
Jogue a corda suspiro
e vamos noite a adentro
por oniricos cânticos
Sem letra ou versos limites
não apenas fogueira salvadora
alento abeçoado à um coração partido
Resvala em sóis virtuosos
escondendo titãs apaixonados
Supernova eclipsada
mas sinto seu calor nessa tarde:
inspira futuras poesias!

sábado, 5 de março de 2011

Haikai para um bom dia 15

O céu chora
mas estou sorrindo:
Tive um dia!

Haikai para um bom dia 14

No mês das flores
as ondas de pétalas
são para ti

Carnaval

Ei ei ei!
Sabe o que vem lá pela curva?
Eis o andarilho arlequim
O bobo da corte que não resvala por tristes doces ou piadas alegres de reis enfadonhos
É ele que faz rir ou chorar
Que mente desmente
e se mantem necessário
por sua inutilidade
De cidade em cidade
segue semeando um nada
que todos gostamos
Ainda que ele durma triste
são felizes aqueles que o usam
e desesperados aqueles que o ouvem à sério

quarta-feira, 2 de março de 2011

Haikai para um bom dia 13

Eis desgelo!
Sua pele neve
apaixona!

Haikai para um bom dia 12

Folhas caindo
Agradáveis risos
Uma paixão

Haikai para um bom dia 11

Manhã chuvosa
Mas aqui você brilha
Inspira sóis

Explicando a incógnita matemáticamente

Bela mais engraçada mais inteligente
menos defeitos menos excessos
com uma potencia mil
cada dia aumentando geometricamente
produto de raiz divina
e divido por todos os meus sonhos
tudo multiplicado por um sorriso encantador
é igual a você
Dona do meu coração
Fração do meu respirar
me fatorando apaixonado

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Escrevi uma coisa estranha

As palavras brotam do meu coração desesperado indo alem da sanidade que controla os pensamentos..insegura sem rumo caminhando em círculos irregulares.. lampejos de lucidez me mostram o caminho que me leva a você. Meu coração despedaçado aguardando o carinho da sua alma para remendá-lo. Incompletos, meus olhos choram sua ausência.. o que será de mim
nessa realidade sem seus abraços seguros nesse mundo sem a luz do seu sorriso. Virá a escuridão me abraçar novamente, retirando meus poucos suspiros de alegria..lembranças de você que nunca sairá de dentro de mim..sinto-me oca como um santo de barro sem vida, adorado por pessoas que nunca poderão preenche-lo. Será a solidão acompanhada que espera? Desespero real de alguém que existiu e se enterrou
enterrou com seus mortos. Capa alegre que almeja redenção. Surtos momentâneos, pânico noturno, existência efêmera de um corpo de marionete.


Autor: Aika Yuki

Haikai para um bom dia 9

Abri os olhos
pensei chocolates
em toda você

Haikai para um bom dia 8

No amanhecer
púrpuras paixões:
Eu e você

Haikai para um bom dia 7

Neve é alva
sobre pele macia
colinas você

Haikai para um bom dia 6

É outono
no meu coração
cheio de cor

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Haikai para um bom dia

Escrevo aqui
dezessete sílabas
por ti cereja

De passagem

Tenho medo, medo de nada dar certo daqui pra frente
Toma conta da minha alma...
A vida tem sido muito difícil pra mim
Eu sinto que cresci
mas não consigo sentir isso de verdade no di-a-dia sem ti
Minha pele se arrepia em vertingens, vou desabar
Pegue a minha mão ou me abrace porque me sinto frágil e sem forças pra voar
Minto pra mim mesma que naun posso, grito ardente que naun dá
Preciso de um ombro amigo, alguém pra  me ajudar
Sei que não adianta lamentar por coisas que passaram
e nem me preocupar com o que tem por vir
Sinto lá no fundo otimismo no meu coração
Já refleti
Preciso de mim nessa,
preciso surreal quebrar tal corrente,
congelada descobrir novos rios
Libertar esse meu coração carente
Soltar eu que se enquadra, dizer para o mundo quem sou
E assim eu vou
Levando o abismo para passear
Procurando uma maneira de meus medos superar
Que venha um broto eu florescer novos mundos
vou conhecer

Evelin de Castro e André Peixoto

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Alísios, Ventos do mar

Sem pressa
Sem nome
Sem pátria
Brisa perfazendo desenhos na grama
Códigos desfilando
Calma me apodera
Sem certezas
Sem crenças
Sem nadas
Meus valores na superfície
Sonhos desvelados
como ondas que vão e vem
Sem impedimentos
Sem medo
Sem caminho
Um pé e outro
Levantar de poeiras
partículas dançantes me fascinando
Sem expectativas
Sem quereres
Sem vazios
Desejos puros
e verdades refletidas no espelho
Minha alma sem dona, mas serva
Sem ordens
Sem facilidades
Sem distorções
É só paixão por mim
que o vento trás
Quero abraçar o mundo
Sem fraqueza
Sem nervosismo
Sem arrependimentos
Com você

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Confissões de um ponto fixo

Ter você nos meus braços
Ter seus cabelos ondulando pelos meus arrepios
Sentir seu perfume
Servir de aconchego
ser forte para você
ser sua cama e lençol
seu amanhecer e sorriso
ficar junto claro ou escuro
quando estiver bem ou se estiver mal
ouvir reclamar ou sorrir
estar ao seu lado e chorar de alegria
contar historias boas e ruins
te fazer confidente de tudo que sou
ou apenas um silêncio macio de seu calor
invejo seu amor
Queria estar com você

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Carnificina Alegre

A solidão é maravilhosa para quem se odeia
Tanta dor me causo
Me torturo me culpo
Isolamento finaliza o corte da minha alma
Experimento quanto posso aguentar
O tempo que levo para o suicidio
ser mera formalidade
os versos que poderiam machucar devem ser guardados
sua escrita mediocridade
seus significados perdidos em risos de confusão
A ignorancia diminuindo qualquer significado
Reduzo ao tamanho do nada
Quero ser esquecido
Mas antes quero sofrer
Arder num fogo escultor
abrasar meu orgulho
Virar um chamuscado monte de bosta
cansado do treinamento
estou cada vez mais proximo do inferno
minha garganta se fecha
meu sangue engrossa
eu coração se endurece
Soldado nu no campo de batalha
Unica espada erguida de sangue

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Feliz

Morrer não é tão ruim
tive tudo e perdi
como meu membro
minha carne
o sangue brilha
escorre do meu sorriso insano
sem limites ou moral
sem crenças ou dor
capaz de tudo
contra eu mesmo
contra todos
venha mundo
um por um
ou todos de uma vez
vou devorar vocês
como devorei minha alma
venham encher meu vazio com seu sangue
venham conhecer a desgraça
desespero de que sou feito
Não mais me prendo as correntes
Não mais impedirei meus impetos
ou pensarei no próximo
Para cada danação
Terá meu ódio cada pessoa
Somos mediocres
Tenham medo, sou o fim e estou chegando
Só pode ser feito por quem odeia
e não se importa
Por quem ama e abre mão
Por quem corta a si mesmo por prazer
Morrer não é tão ruim
Venham ser colhidos!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Alguma coisa calma...

Sob as sombras do bosques
Caminho estrelado pelos raios que perpassam
Escuridão ou luz?
Os dois!
Estou nas sombras dos sonhos
Iluminado por lembranças de momentos seus
Na escuridão do meu pensamento
Não há rima e não há coerência
Não sei porque em meio as sombras
Mas brilha!
Os raios se encontram
E suspiro, quero dormir e entender
Sonhar e te sentir
Mesmo que não seja música ou real
Quero estar com você
Ao longo desse caminho
Quero apenas entender
As flores de cores, com todos os mistérios e dúvidas
E ainda nessa confusão
minha mente se acalma
Caindo a noite
me sento sob uma arvore
Num silêncio da alma
Não penso em nada
sou eu!
Um grão de areia que um dia vai embora
E voce?
Acho que você é o mar que me leva...
A lâmpada que acende o meu sonho
O calor que embala meu sono
A relva que me sustenta
O orvalho que me refresca e faz rir
A necessidade que me alimenta
Hum.... já é hora da cesta...
boa noite meu amor

Já amanheceu!
Já?
Não quero acordar...
Já passou de meia noite
Não! não!
já sim
Mas não quero que acabe...
Eu quero continuar com a ilusão
Mas também não quero ficar sozinho na escuridão
Então venha ficar comigo em meu sonho
Venha viver minha ilusão
Dormir numa nuvem de algodão
Mas a quem estou querendo enganar?
Você não me quer? não me deseja...
Nem me conhece
Nem amigos somos!
Mas podemos ser já que aqui estamos
Agora me lembro porque fugi e continuo andando
Perdido nas minhas perguntas sem rumo
Procurando o rumo da dúvida, com a única certeza de que não sou correspondido
Em uma paixão bandida
Que não ladra nada se não a sorte da estrada
Se fosse tudo fácil não teria graça
O que me lembra que essa estrada dá voltas e que desistir Às vezes é impossivel
O que nos resta é prosseguir
Mesmo que seja minha mente me enganando?
Me sinto insano fugindo da doença que me determina
Fugindo e correndo de volta ao mesmo tempo..
Procuro respostas mas não encontro
Só há eu
Não, eu também estou aqui
Nem esto longe de você
Estamos nos mesmos versos
Mas sempre estarei perto de você
Nas suas palavras

Evelin de Castro e André Peixoto

domingo, 30 de janeiro de 2011

Eve

Olá!
É agora!
Tenho certeza!
O que eu fiz?!
Você não fez nada... ainda!
Por que?
Não importa o porque... nem saber a causa pode impedir o efeito
Já foi posto em movimento
Desde o começo
Muito antes de qualquer escolha ser dada!
Oh my God!
Yo no compriendo
Compreensão é inútil quando se está diante de um todo degenerado....
Qualquer entendimento será das partes seccionadas, desmenbradas da máquina!
Só o que resta
Ya estoy entendiendo
Só o que virá num último lampejo...
É que somos olhos cegos...
Olhando estrelas que não mais existem...
Falando efêmeros num sonho...
Andando por ai, seja lá onde...
Para o indefinido e aquém.

Evelin de Castro e André Peixoto

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

hoje, como ontem

Hoje vi uma folha seca ascendendo
e voltando a parreira
do fim para completar a degeneração
transformar e participar de outra
vitoriosa na autodestruição
espectadora de suas próprias dúvidas
deixando se apoderar pelos sentidos
Que inveja!
Deixando se levar pelo vento
o mesmo que me trás apenas informações
corroendo meu interior aprofundando
minha introspecção
o medo, posso vê-lo, saber onde está
porque está
mas posso sentir?
estou a tanto tempo fingindo que não sei o que sou
não sei o que sinto, se é que sinto
estou cansado
não quero mais me esconder
mas toda vez vez que abro a caixa vejo
não há nada aqui

é isso que me faz sofrer
não são os percalços ou a dor
não são os prazeres ou as decepções
é a ausência de tudo isso...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sonhos do inferno

Com cães, sangue, fogo
estivemos sofrendo
apenas sonhos
Dor agora, cada onda
Calma dilacerante
Lâminas sem destino
apenas suaves a desmanchar
carne do ser
Realidade sem pressa
sem tempo de espera
cada segundo nivel acima
gritos afogados sobrepostos
anestesiando a ignorancia
Consciencia da merda
fonética ou sensível
na qual você se encontra
Vá se iludir!
O inferno é aqui
Qualquer pesadelo é mera fuga da verdade...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estranhamento

Durante a exploração do país das maravilhas,
todos os antigos desejos parecem diluídos na necessidade por alguma certeza.
Das questões menores ao segredos que o universo guarda,
toda interrogação tem recebido atenção.
Pois ao conhecer o mundo tento explicar a mim mesmo o que vejo, sem saber o que devia ver.
Quem sou eu e porque estou aqui?
E as mais estranhas criaturas e mais inusitados fenômenos me fazem crer que o mais louco ainda está por vir.
Se meus sonhos e criações são tão singulares,
a realidade deve ser ainda mais estranha do que posso imaginar...

Fênix

O suor escorre por sua face
Os sonhos indo além das dobras da calça
Chinelos grandes testemunham sua graça prismática
Como fenix espiralada ressurge impossível
Gratuita por sua vontade sem tamanho
O misero eu que descreve flutua sob sua aura
sem entender sem controlar
tristezas diminutas duvidas risíveis
30 watts perto de um holofote
Tudo numa gota

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pensamentos sobre o amor que dói e a felicidade de um machucado que não vai desistir de ser

Há uma cura e talvez ela esteja mais próxima do que você imagina
Se alguém pode se desvencilhar desse veneno da mente é o próprio envenenado
Como? seguindo em frente e abrindo seu coração para o próximo poema apaixonado
Se acabar um livro dedique a si mesma
Sem pressa ou medo de decepção caminhe na direção da satisfação
Seja que direção for essa. Mesmo que eu não esteja nesse caminho
Quero que saiba que você é a cura!

Salgado

Entre o suicídio e poesia
escolho errar palavras em obscuros
olhos perdidos que não são covardes
perdendo a mim mesmo levando outros
por um ralo cheio de cabelos
o que ninguém quer saber
o que não quer ver e lidar
à merda me supero feliz
decepção linda não comigo
como um pudim de leite, livre, mole e culpado
se eu me matasse quem provaria do proibido?
que os versos desnudem as certezas
causem a duvida que sou
posso ouvir as ondas novamente
estão perto, sempre estiveram
venha mar poético!