segunda-feira, 27 de maio de 2013

Vem ser juntos


Calculista avalio perigo
Sua manipulação equipara a minha
Mas não sinto
INfeliz destino nos separa paralelos
Sorrio disparates loucos
Vazio
Alegres alelos da vida
em nadas diálogos contigo
Um domínio sem visão
da tempestade e monstros escondidos
Ergue sua vela pela brisa inconstante
que desse furacão singelo
ao mundo dentes-de-leão sem fim
Nem maior nem mais belo
Frios calores essenciais
encarando a besta das bestas
Destruição envolvente no mar do caos
Olhos desafio último da rainha camponesa
que do simples avilta a existencia
Sonhos pequenos e dourados
montados em dorso
Conscientes sobre a felicidade
Um do outro sempre:
Não se engane, desse não arranca pedaço
Os dois costas à costas
sinergia a eternidade


Manipulação e perigo não me afetam.
Só quero ser seu, não importa o que você quer
Só quer ser minha, não importando o que eu quero
Incondicional por egoísmo:
doidos são outros você sabe,
seu querer simples é o prêmio último e primeiro
Objetivo de toda inconstância,
nós queremos nos parar
um ao outro nos queremos nos parar
para sempre fugidios,
escondidos em nossos egos
queremos nos parar

e pelo momento um juntos e não mais só


Para Ingrit, por que se correr o bicho pega e se ficar....

Leia meu olhar


Fazer amor cortando pele estirada
Crueldade apaixonada do prazer no limiar
Gritos sob música francesa
Clima triste em suor desesperado
Ritmo descontrole no caos dos corpos
Mentes vazias transbordando desejo frustrado
Restando tremores e olhos revirados
Abraço-a de bruço dominada
Arranho e mordo
Somos arrepios enluarados
Aurelas de sangue,
caídos no pecado

É o significado do meu olhar,
se quer saber...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Letras da Carne




Poesias tristes são bonitas
como um entalhe de faca pode ser
Nos atrai e causa repulsa de nós mesmos
Alguns abraçam o horror como algo natural
Passam a alimentar a fera
Tornando discípulo mais humano
Moldando seu vazio
no assombro do mundo
dando sentimentos de comer
e lágrimas para que desfrute
Crescendo seus olhos de sangue e palavras
Versando dores até o osso
Cortando pele, músculos e limites
Apenas para extravassar
o que dentro nos habita
Liberando a pressão da nossa vida
Expondo nossas artérias ao prazer do vento

Outros temem o mal e fogem
Se frustram incapazes
As lágrimas marcam a linha do sorriso
O corte precede o desenho destino
À ele segue sempre quente vermelho vida
Estamos nos esvaindo, sim.
Mas, vivos.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Speaking in flames




Sinto a sanidade prestes a arrebentar
Mas não temam
fui amaldiçoado com bom senso
Acordo todo dia pensando na faca
Durmo sonhando com fim do poço
Mas não temam
serei vivo alegre e melhor todo dia
Cada célula é desgosto autodestrutivo
Busco a perda como amante
Mas não temam
Sentimento não passa
Sou capaz de qualquer coisa
E nada farei
Potencial eterno, um vazio sangue
Guerreiro desde sempre
Ainda que tenha abdicado da espada
Mas não temam
Não sofrerei. Machucarei
Sem vingança ou ódio. apenas destino
Um homem e por fim humanidade
Passos pequenos de um apocalipse
Mas não temam
Quero o bem menos pra mim
O que devem temer sou eu
Mas não é preciso me temer
Vou me consumir em paz
Apenas um morto-vivo fútil
Lembrem-se apenas:
aquele lugar quente e cruel
o lugar do mal e do pecado
está aqui dentro.