segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Seu nome é vida


Se valora a vida com quindins e venenos
Torcem fracos pelos chão vômitos
Perdidos de si
Achados da soberba de serem vazios
Esculturas afinadas de ditos
Olhos padrão cegos de abusos
Se comportando como pedras para sísifo
Buscando queda e lama a a toda hora
Curando dores com pequenos suicídios
Sorrindo para as mãos sujas com alimentos pobres
Seguindo em manadas
para a próxima balada de tóxicos e marteladas
Porque ignoram quão próximos da beirada
ou porque espiam e se sentem bem por sua vida medíocre

Deixe que fumem, Cheirem e bebam ignorância
Reze para que sobrevivam muito em sua pequenez
Que cada dia lhes aumente o sorriso de prazeres
Que a bosta seja abundante em suas mesas
Que as traições não sejam iluminadas
Que tenham suas vidas plenas de nadas
daquilo que acorda
Porque se soubessem ser felizes como você,
não precisariam dos arreios a que se submetem

Marco com sangue o testemunho de sua busca por si
que no processo de ser melhor, foi além
e se tornou distante
Aqueles baixos não mais importam
à margem do que fossem
eram só pedras e areias
Você ignorou as classificações
Criou um caminho novo:
A categoria você,
aquém do radical, além do equilíbrio
Eu reconheço, não está sozinha
Estarei no topo quando chegar
no que não termina com sóis e luas,
inteligência e força
que se objetiva para a guerra maior
A vida.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sweet Talker



Estava andado e te vi
Por ai vivendo, e quis saber seus olhos
Falei e ouvi uns tantos risos
Depois de umas horas achei, um tal brilho que guardei
Eras andando por ai, sua miragem ao longe
Mais você que os brilhos lembrei
Apostei as fichas na direção
Certo da poeira e sede que cercava febril
Na terceira lua cai em seus braços
Cheguei perto e sussurrei meus amores
Dentre todos aqueles cachos,
a profusão de meus beijos tocaram

Não importa mais as estrelas
meus sussurros são para você
As palavras moldadas por seus encantos
Mudos olhares sonhos
me calei ante sua beleza
Que doces de mim te chegariam
preocupei-me e doei por todo
sem esperar amanhã
apenas aquele delineado
calor de uma vez só
que me valeu vidas acalento
cada vez que me sorriu

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Por ai mais um perdido

Tenho encontrados muitos loucos por ai. Perdidos como eu estava. Estão a minha volta e me envolvem como cupins na luz. Não posso salvá-los. Sozinho não posso salvar a mim mesmo. Mas depois de andar tanto deserto a dentro, reconheço que não há mais volta. Quaisquer delírios ou tropeços vão acontecer aqui nesse vazio desolado. Nessa secura de ilusões. Até quando devorei meus livros dias atrás, eu sabia que estava desesperado e fora de controle, pela fome e sede. Mesmo então o fiz racionalmente, me autodestruindo consciênte. Agora que sei que nao posso fugir ou me esconder, aceito que ele esta aqui espreitando nas sombras. Pronto para devorar minhas palavras. Sim, é meu demônio e ele não esta mais rindo.

Só restou

Quanto tempo dura o tempo enquanto o tempo passa por nós eu não sei, mas parece eterno. Não o vejo ofuscado pelos quantos e brilhos dos cantos de sua boca. Vejo os corações de soslaios dentre as estrelas passeando a nossa volta, mas não vejo o tempo e quando me vejo já estou a me despedir. Longe de ti também não vejo o tempo, só vejo no espelho meu sorriso lembrando de seu carinho ou das voltas que dei por ai feliz comigo. O tempo invisível que quando vejo já outro começo e não importei dos sabores de mim. Sei que sou cego ou é falta relógio mas esperar sem tempo é como flores que não murcham, se nada acontecer, ainda estarei naquele beijo.

Radical Skin sou eu mesmo


Andando sob a pele da face
vermes engatam suas novas crias
enveredam novos caminhos
quando não criam
beberei desta ideia consciente
não mais destrutivo
apenas feliz parasitário
nem sequelas nem dias
seja sol ou seja estrela
acharão uma saída
infestarão o coração
galáxias se pudessem
mas mantenho aqui
perto de mim onde cairão
nas desgraças que plantei
nas valas que não sou
porque agora despontam as luzes
fazem sombras de seus crimes
na espera de sua alma
estará a dor da minha
rindo solos de magia
de quem não liga e se consome
de quem o diga contradição
não ligo para anos ou perdão
quero dos vermes me alimentar
e levantar numa nova manhã
cantando meu amor pela vida
meio certo meia errado
degenerado ou sofrido
apenas pronto para a batalha
para qual nasci e cresci
me despeço da solidão
arranco minha máscara
e grito venham

domingo, 28 de setembro de 2014

nuvens da lua


nas portas do paraíso perguntaram / aos ricos de espírito quem entraria no infinito / daqueles todos respondi por uma vez mais / que não pararia por passagens ou testes / mas seguiria o poder da vontade / assim que descobrisse o que queria / lutei por guerras, abandonei campos / segui dos sangues, das lágrimas, dos prazeres / provei das bocas e das almas / o paraíso sou eu e onde esteja é meu lugar.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

RED

Não pense no que poderia fazer por mim
Não se endivide por minhas injúrias
Não sinta pena ou queira me abraçar por minha tristeza
Apenas escute as lágrimas pelo rosto duro
Num caminhar para fora do escuro
Vou dormir e acordar novo
Pense em mim por isso
Imperfeito que luta
Pergunte pelos meus desafios
Sinta orgulho das pequenas vitórias
Apenas me escute
Vou cair e vou levantar
Perder ou ganhar
Esteja lá comigo
Não precisa acreditar
Já me dou crédito
Não precisa olhar por mim
Cuido disso
Esteja lá por ser legal
Seja lá por si mesma
Desabroche flor
Sou terra jardim
Vamos compor um quadro de dois seres
Somar detalhes, fazer uns universos independentes
Rir uns mundos sem culpa

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Transbordo justo




O desafio é caber aqui pedras
torções, enganos e futilezas
não as que não importam:
Os detalhes todos tijolos do caminho cá
Um aqui eu senta, anda, faz
Acontece o que quer, sonha no perfazer
si mesmo e olhar
Nem tão grande ou distante como medo
Assim coceirinha do cavalgar tempo
Cada músculo, tendão e curva
um motivo estático, para o desenrolar
do espírito
Se jogar entulho nem soterrar nem chatear
apenas não ligar e fechar
Expor condições ou bichos
Tudo pequeno, na verdade
imenso são as possibilidades
espalhadas diante do céu aberto
Constelações miragens
Sóis fajutos
Luas de papel marché
O monte de nada liberdade,
As toneladas da massa de modelar,
O algodão que posso tecer,
Querendo e podendo
Podendo por acreditar....
Tinha razão, não consigo nem expressar
É só um olhar e caminhos a frente
Mas se esquecer de fazer caber o infinito
Hum, talvez
Sorria tudo que admiro
Brilhe os olhos a fé
Pegue suas mãos e ande passos por aí
Assim num qualquer de viver,
ser um pé feliz,
desaprender as letras e amar

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Bullet Time



Estou caindo de sono pois sonho acordado por toda noite com lua que ofusca todas as estrelas e sobretudos.
Mas estranhamentos daquele outro, me assombram.
Os tremores da calma, o ímpeto anulado, não tropeçar no abismo...
Feliz por ele, é o que sempre quis.
Nascido da decepção de não realizar meus sonhos.
Construído por cada tijolo calculado.
Faltam andares mas se distinguem meus e outros sorrisos.
Longe de perfeição, você pode tudo que quiser e não tem mais limites, novo eu.

Meses me separam antes da chance.
Agora é outro e tudo cabe ao novo.
Ele diz que não que não importa a chance.
Faço meu próprio caminho.
Com ou sem fortuna.

domingo, 11 de maio de 2014

Cartas para ela III

Semana nova
novas boas
juntos no novo
com novas somas
Corações como novos
Mas parece conhecemos à tempos
Desde outras eras
nesta continuando o eterno

Vai com tudo pra cima das dificuldades,
aqui tem alguem te ama
e te espera

sábado, 3 de maio de 2014

O Cello e o Pássaro

Me impressionou muito!
Escutando as cordas tocadas
impossível deitar e não pensar em
passear por tuas liras
Num tempo fora do compasso
me arrebata de maneira louca expressiva
Na leitura encontro você ao meu lado
um sorriso desconhecido de calores idealizados
Melancolia toma por completo
pensando nas tristezas dos silêncios passados
Ter o coração tocado a cada letra
foi como senti
Será mais esta como tantas músicas?
Esquecer da harmonia é fácil
Mas eis meus ouvidos, meio surdos
às ilusões que dedilho
Me enganarei esta e muitas outras vezes
Ainda que tenha mesmo muito brilho
e me cega de desejo por seus carinhos
Não sei de mim nem do mundo
Não sei do que ouço...
A não ser meu coração que está batendo rápido

segunda-feira, 17 de março de 2014

Haikamon III

Quero aquele teu riso descontrolado
Parar e contar nas suas pérolas olhos
Beijar sob seus cabelos num arrepio de calor
Amar-te desde os dedos direção solar
Desatar meus medos nos teus nós
Passear nas várseas e vales
Pronunciar graças e odes a eros
Oráculo sério de uma composição
Em momentos lábios gladiadores
Fazendo face e espírito um só
Energizando e focando em um compasso
Esquecendo eu e você
Até prender o ar e deixar seu fôlego na avalanche de prazer
Máximo superando máximo construindo o templo do suor

E tudo para quê?
O outono está aqui. todas as flores e folhas no chão
Significados cobrem e apodrecem a minha volta
Minha consciência sorri ao longe...

Hoje minha escolha sou eu

Enlouqueço de nuvem em nuvem
perdido no reconhecimento
Não posso mais me enganar
As mentiras doentias que me conto morrem inócuas
O redundante de tudo é eu espelhado atento e reprovador
Os encantos sorridentes inspiram sobreavisos
Os lábios fecham no impasse que me ganha vida
Oportunidades se esvaem enquanto me ganho tempo
Na incapacidade de controlar,
querendo ser arrebatado e esmagado pelo prazer,
querendo alcançar as alturas:

Preciso ser e ver ser;
Ficar no chão até o vento passar;
Chegar ao fim da ilusão;
Resgatar o eu das ondas que ondifico

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Isso é foda

Perfeito diferente de foda
Um precisa e frustra
O outro quer sem espera
Um amadurece e planeja
O outro acontece e arrebata
Um ilusão que se desfaz
O outro te atropela bem real
Um você deseja
O outro você entrega ao que vier
Um você testa
O outro tem algo foda e você aceita