terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Haikamon II

Segundos olhos admiram confrontos
Segues recíprocos dos belos deprimidos
Expostos maravilhas do ainda primavera
Imóvel por eras, nos grãos hesitantes
Como é e porque é
Paz violenta que arrebata, encanta
Preenche, infiltra
Tudo novo brilhantes adocicados
No ar mera impressão prestes a confundir
O retornar a um absoluto
que nada diz, nada significa
Clímax que não sustenta por sí
Na visão, ao longo inevitável
Sem destino, escolha ou maldição
Parte daquele todo que ri
Arrepiando troncos, gelando seivas
Acordo cheio de orvalho
do sonho quase é

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Haikamon I

Quando despertam cores
Elogiam céus a primavera
Cobrem limiar entre ilusão e terra,
nossa vida
Enorme, leve em retumbar
tempestades invisíveis
Tragédias cada nuance
pequenos caules de sentimentos
Tudo recorrentes proporções
entre singelas belezas
e amadores em desafio
Cantando o que verde esconde
as qualidades inimagináveis
do vazio, meu sonho
Presenças dos visitantes
marcados na ausência
Sob árvore sabiamente indiferente
suspeito do silencio de tudo:
Estações ou sentimentos.


Por um minuto


Foi meu pior
Já, defino cores além do vermelho
Me desculpo de tudos e nadas
No carinho brotou grito espiral
Mas respiro o fundo e de lá aceno
Surto passa,
deixa amizade e leva risos

Vivo, mesmo além
Onde é mais valoroso, eu
Não amanhã
Pesares ontem, também
Hoje.
Sinto o tecido
Agora. Perfume canelas
Posso sentir o Sol
Abro um olho
Frestinha esperança,
girando sem parar

Levanto minha xícara e brindo
só por esse minuto
Nesse minuto vou dar o meu melhor