terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Escrever como amar


Quero fazer poesia como se faz amor
delinear cada letra passeando por seu corpo
palavras suaves expressas como carícias
apertando confiante na escrita
trocando palavras com seus lábios
beijando o seio da métrica
dando vazão as belezas secretas
atento as suas vírgulas macias
com versos excitados
nos levando à loucura ortográfica
até o clímax do etc orgásmico!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Realidade que é sonho

Conto de fadas o real invade
Cavaleiro e princesa aventurescos
Por caminhos altos e baixos dignos de fábulas
Onde os espíritos da natureza estão vivos
Heróis, querem morada entre árvores
Tendo tanto os frutos como os desafios
E um era uma vez de amor feliz

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Amor e mito


Cupido joga conosco:
Hora somos Dafne e Apolo
Hora Pandora com sua caixa

Sequer acredito, ainda que não possa negar
O sonho se revela com o mito
Quero ser árvore,
te servir os louros de suas vitórias
Imóvel! sem aproveitar suas delícias

A confusão não mais retornará para a caixa
Hora improvável maldição
Mas sem questão dádiva maravilha
Pondo ante dúvida e tristeza
A certeza e a alegria de amar
O jogo invés de impor,
revela aos cegos reconhecer a cor do querer

Ao mais veloz e mais forte, a distância
O herói da virtude e sabedoria,
visão de sonho disforme

Quase Píramo e Tisbe,
o destino petrificaria loleps sem alcançar a raposa

Contudo ao contrário de Ícaro,
o fogo nos é dado pelo sacrifício de prometeu:
derreter nossas asas as potencializa
Glória pela infeliz flechada,
Escrito nas estrelas
Num alvorecer nos unindo
depois de longa noite do cupido
Fazendo toda a batalha, nosso caminho

Palavras ao vento



Estamos longe
Minhas palavras estão ao vento
Somente sonhos
Irmãos combinados,
correndo um do outro
Correndo de si e do que sentem
Redemoinho interminável
em quatro cantos calmaria
Responsáveis pelo que não pedimos
sem culpa nem orgulho
Felizes de viverem
corações num mesmo bater
consumindo com brilho ofuscante

Não vale nada
Nem confiança
Nem crédito
Efêmero

Mas o vento ouve
juras eternas de amor
quaisquer os venenos da alma
inseguranças ou medos
Tem paciencia!
Muda de areias a montanhas

Meu corpo me trai
A mente me engana e mente
Mas o vento ouve inutil verdade
Sem pode aprisioná-la,
agarrar-la ou deixar ao destino
Sumindo num redemoinho

deixando amor escrito em lágrimas

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Quando sabemos?


Sabemos que estamos amando quando achamos a vida complicada. porque o amor nos faz nos preocupar, ter medo, sermos egoístas. Amor é aquilo que prende outra pessoa a você  e você a outra pessoa, se vc deixar. Mas essas preocupações, medos e o egoismo podem ser libertadores no momento em que você põe os olhos na pessoa que ama. Porque nesse momento e em todos os outros depois, não importa o que aconteça, você vai adorar ter uma vida complicada.
Amor é o que não te deixa ficar acomodado.
Não te deixa quieto.
O que vai escolher? o que te confunde ou o que te dá segurança?
Daí o medo de amar...

Azuis


(para minha nova agenda)

À espera no local deliberado,
ansioso observo o velho, a jovem, a solitária multidão
Espera e ansiedade inventados como tempero
Só mentiras criativas por aqui !
Presságio que das realidades açucaradas dessa agenda
farei sorrisos diabéticos
Das sombras, nem sozinhas nem multidões
Verdades meramente ilustrativas !
Do nada agora colorido

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pequenos pensamentos II


Te amo

Decidi não mais te entender
Vou apenas aproveitar
Desfrutar sua presença

Pensei que seria egoísmo
parar de tentar ajudar
Beber de sua carência

Achei suas maravilhas impossíveis
Algo errado de tão especial
Pequei cego quanto a verdade

Especiais, nosso carinho gratuito
sem porquê nem pra quê
pura amizade que perfaz
nosso ser

Água cristalina, almas unidas
Rindo de estar com você
Felizes só de nos ver

Inevitável, imutável, inegável
Ontem, hoje, amanhã
Aqui em outro lugar
Juntos ou separados
Num caminho ou solitários

Sempre irmãos infinitos