segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sweet Talker



Estava andado e te vi
Por ai vivendo, e quis saber seus olhos
Falei e ouvi uns tantos risos
Depois de umas horas achei, um tal brilho que guardei
Eras andando por ai, sua miragem ao longe
Mais você que os brilhos lembrei
Apostei as fichas na direção
Certo da poeira e sede que cercava febril
Na terceira lua cai em seus braços
Cheguei perto e sussurrei meus amores
Dentre todos aqueles cachos,
a profusão de meus beijos tocaram

Não importa mais as estrelas
meus sussurros são para você
As palavras moldadas por seus encantos
Mudos olhares sonhos
me calei ante sua beleza
Que doces de mim te chegariam
preocupei-me e doei por todo
sem esperar amanhã
apenas aquele delineado
calor de uma vez só
que me valeu vidas acalento
cada vez que me sorriu

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Por ai mais um perdido

Tenho encontrados muitos loucos por ai. Perdidos como eu estava. Estão a minha volta e me envolvem como cupins na luz. Não posso salvá-los. Sozinho não posso salvar a mim mesmo. Mas depois de andar tanto deserto a dentro, reconheço que não há mais volta. Quaisquer delírios ou tropeços vão acontecer aqui nesse vazio desolado. Nessa secura de ilusões. Até quando devorei meus livros dias atrás, eu sabia que estava desesperado e fora de controle, pela fome e sede. Mesmo então o fiz racionalmente, me autodestruindo consciênte. Agora que sei que nao posso fugir ou me esconder, aceito que ele esta aqui espreitando nas sombras. Pronto para devorar minhas palavras. Sim, é meu demônio e ele não esta mais rindo.

Só restou

Quanto tempo dura o tempo enquanto o tempo passa por nós eu não sei, mas parece eterno. Não o vejo ofuscado pelos quantos e brilhos dos cantos de sua boca. Vejo os corações de soslaios dentre as estrelas passeando a nossa volta, mas não vejo o tempo e quando me vejo já estou a me despedir. Longe de ti também não vejo o tempo, só vejo no espelho meu sorriso lembrando de seu carinho ou das voltas que dei por ai feliz comigo. O tempo invisível que quando vejo já outro começo e não importei dos sabores de mim. Sei que sou cego ou é falta relógio mas esperar sem tempo é como flores que não murcham, se nada acontecer, ainda estarei naquele beijo.

Radical Skin sou eu mesmo


Andando sob a pele da face
vermes engatam suas novas crias
enveredam novos caminhos
quando não criam
beberei desta ideia consciente
não mais destrutivo
apenas feliz parasitário
nem sequelas nem dias
seja sol ou seja estrela
acharão uma saída
infestarão o coração
galáxias se pudessem
mas mantenho aqui
perto de mim onde cairão
nas desgraças que plantei
nas valas que não sou
porque agora despontam as luzes
fazem sombras de seus crimes
na espera de sua alma
estará a dor da minha
rindo solos de magia
de quem não liga e se consome
de quem o diga contradição
não ligo para anos ou perdão
quero dos vermes me alimentar
e levantar numa nova manhã
cantando meu amor pela vida
meio certo meia errado
degenerado ou sofrido
apenas pronto para a batalha
para qual nasci e cresci
me despeço da solidão
arranco minha máscara
e grito venham