segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Linda flor por seus espinhos


é linda
é rosa
é encantadora
é flor com espinhos
uma singela preciosidade
com inutilidades sedutoras
é linda
é rosa
é encantadora
é flor com espinhos
suas garras não arranham
detalhes essenciais
fazem uma flor especial
é linda
é rosa
é encantadora
é flor com espinhos
entenda seus espinhos são charme
seu não é brilho
amor carinho
precisando de cuidado
é linda é rosa
encantadora
flor com espinhos
não se desespere ou angustie
antes se maravilhe com sua beleza
não espere ou despeite
apenas respeite ouça e cuide
veja como é linda
perceba que é rosa
encantadora
flor com espinhos
não apresse, aprecie
não respire, inspire seu acordar
não viva para, viva por sí
não prenda se liberte
veja que por ai é sempre sua por si só
sempre linda
sempre rosa
inevitável encantadora
flor com espinhos
tenha calma veja as nuances
ouça as voltas dos cantos
arranhos e erros
nunca se esqueça do seu maior sonho
encontrar a verdade, amar
com a beleza, os encantos e espinhos
a flor rosa logo ali
veja seu andar não ande atrás
surpreenda sem esperar
apenas sorria de sua bravura
alegre-se com sua coragem
olha mas que guerreira
é linda
é rosa
é encantadora
flor com espinhos

Pequenos pensamentos I


você é a rosa 
Como posso ser tão cego? 
No meu pequeno mundo,
que não é meu,
só vejo meu umbigo que é seu
Responsável pela conquista,
cativei sem saber
Pensando na derrota,
me vi arrancando os baobás:
Percebo nos espinhos 
que vejo no espelho,
o eterno principe

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A noite em seu olhar


O rio esta frio, congela minha alma
As águas cristalinas da verdade percorrem meu corpo...
Pena que estou morta
Vivo esses últimos dias a suspirar
pelo resto de vida que poderia ter para voltar...
A sentir o calor da tormenta...
A brisa leve no farfalhar das arvores no outono
Ah! A crueldade do outono

Não sei

Faz morrer em mim... aquilo que já não sou!
para nascer depois que o inverno passar
Sempre flor ainda por reconhecer:
Eu sei e me dizem, mas sou surda
eu vejo iluminado, mas cega
sinto em pelo mas me nego
Mas tu, cavalheiro da noite
será bendito ao me buscar outra face de mim, 
Sou mas inexisto!
A não existência me deixa em doces angústias:
Sinto falta do não sentir à espera

Agora, o espelho...
De um sonho que me embalasse
Ouço nele os cascos de seu cavalo
Ouço seus brados por mim!
Envolvida, perdida e feliz
Mas no espelho...
No espelho me acho:
Reflete a verdade perdida de mim e me encontro, enfim

Que bom esse frio que sinto!
são as sombras do amor que tive
A memória de suas mãos
ou será a água gelada roubando as novas que não terei?


André Peixoto e Ana Célia

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Elogio ao Cansaço


Quando o cansaço me domina, ilumino o lado escuro e se obscurecem as duvidas inseguras
Faço improváveis errados, certos casos que consciente ignoro
Caminho torto, por becos que temia
Enveredo, me perdendo no passeio, encontrando outro eu no meio
Eu beijo, por instinto. mordo por fome. Desmaio de deleite
Intensidade se perde, vejo lento turvo verdades ladrilhadas dos preconceitos
Estou cansado e só preciso sonhar, pouco sóbrio mas ébrio de um olhar que me sonda
De soslaio por amor de um poético cansado, que já rima por paixão à vida.

sábado, 1 de setembro de 2012

Amo


Radiante de vertentes do amor,
suspiro dos prazeres que me presenteia a rainha de todo o meu ser
Pelas paixões que me desperta,
dos becos das principais vias emerge os epitélios, certeza:
é amor por você

Massinha

Dizem que sou um tanto criança por falar em massinhas, em outros tantos momentos não me levam a serio
mas moldo minha vida tanto quanto sou moldada
criança ou não sou intensa, fazer o quê
não o que dizer ou escolher, mas que sou recai sobre a vida
como massinha escorrida
me esbaldando em ser e nos seres
pegando, amassando, enchendo minhas mãos de vida
muito simples e louco como um infantil sorriso sem graça sem vergonha apena sedução e calor
nada de criança? tudo aquarelas e querelas para os outros
de minha parte so um mix de paixões
que me sou , enquanto mulher


para minha amigona, ingrit

sábado, 4 de agosto de 2012

Ilusão


Minha calmaria é estar junto do mar
sob ondas de melancolia
uma onda depois da outra
desejos de mais do outrora
sentindo tudo na mesma hora
Não tem mais volta
O tempo se foi junto á onda
As velas junto a costa, mas ainda sem rumo
Um vento forte sopra
As profundezas me chamam
Num salto eu já mergulho
caindo percebo quanto quero me perder, quão morto a calmaria me banhava
Isso tudo pude perceber
Mas o futuro guarda nova fúria, o antigo grito para sempre oculto
doce como o mel
encontro o futuro e assim a minha cura
Pena que me afoguei para isso


Evelin Castro e André Peixoto

MI, FÁ, SOL, SI, DÓ E MI




Minha face solve sinuantes dores miasmáticas
Quando sinto a brisa ficou tonteante
O espetáculo ascendeu com todo brilho
Como o sol ardente tocando a pele
Quem diria luz mortal?
Tão linda quanto perigosa
Tão significativa quanto silenciosa
Luz que clarea o coração
Que se esvai com vida. minha vida
e acaba coma escuridão
"Doutor, perdemos os sinais vitais do paciente!"
Mas não se perdará seus sentimentos



Evelin Castro E André Peixoto

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Só nas arqueadas

Aqui chove liras estiradas solos de gotas escarlates do fim de tarde / nas moitas rumores de ventos tristes alegres sorridentes sobrevivendo de ss solipsistas / melancolico percorro frescoroso os momentosos / sem dizeres apenas espectador digno de suicida da palavra ou concordância com contextos úmidos / de tudo vero so chuva vaporosos mentir cada letra / sem guarnecida sanidade pronto para pular ideias / realidades alheias nem se fala, tudo porque chove.