Entre o sol e a grama
seguindo torto nem sei pra que
num mundo muito louco
esfirras que nem sabem se são de carne
patês que não se comem
ilusões concretas como rochas
e os doentes guiam sãos como rodas
um mundo oco como tal não entendia
sorrisos parasitas e choros em brisas
aquele que queria escondia
sob cortinas da negação sem hora
e hora posta grita o sinal
onibus fora do ponto por serem humanos
pasteis de vento recheados de traumas
cabeças separadas do corpo
lulas que não se conhecem
polvos que não se dão e se procuram
valorizam o que não sabem
fantasiam mares e ondas em evolução
acontecimentos que tardiam
esperanças por doces que se frustram
os cegos se deliciam la em cima
do alto dos sem razão
pois a mentira prevalece coerente
Mas não importa o sabor da torta
sou alergico a outro sabor
pra mim é verdade seja la o que sou
pra mim é sinceridade sem medo
É paixão pela vida, pelos vivos
é um sorriso e uma lágrima
em toda massa e pelos vãos
Não vou planejar nem colocar máscaras
que o universo derreta
os sucos evaporem
seguirei eu sozinho dito azedo
em direção à ganhadora
do grande premio meu
terça-feira, 10 de novembro de 2015
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
sexta-feira, 31 de julho de 2015
Sobre amor e vegetais
Marcas nao me esquecem perpetuam explosoes numa rotina prazer / assim
delito de mundos sonhos com cremes de gozos que nao vi / comodismo
nuclear, tempestade num apendice advinho / da violencia e maldade de
mordidas e beijos que te ameaco / fome alimentando paixao sem direcao,
transbordando peixes chorosos / sao palavras que turvam o sorriso / ja
ponte tosca pitoresco dos arrepios que fantasio / ha o animal que nunca
eh / e quando foi foram gritos de terror sadico / inanimado do calor
filho de um milho e de um aspargo
domingo, 26 de julho de 2015
Saida Vida
Estou cego. Posso olhar para frente ou para trás.
Mesmo abertos meus olhos não veêm calabouços
Não além das prisões que iludo e saio por ai pintando
Cegueira assim de consciência
Perceber que no chão ainda esmago por ai uns vermes
que nem existem também
Mas seriam destruidores em outros desertos
Essa falta de visão tão pouco é calmaria da ambição
De longe de um comodismo tartaruga
Essa é um pouco a falta de esperança
A esperança que leva a frustração
Chamada pelos vis e nem tão sabios de expectativa,
como se esperar e fantasiar sonhos principes e princesas
[não fossem perjurias de delirios
Não. Uma quebra, esse branco vazio tem nome
Tem tamanho carne espírito. Defeitos íngremes e posteriores,
no varau ou ali mofando
Os fantasmas avizinham ainda. A lama ainda cobre meu corpo
eu olho, eu busco, me desespero, grito, choro...
Como nas histórias
Mas não vejo em lugar algum o ser que nunca fui
Chavão sem gotas ou miolos. Puros. Idolatráveis
Nem aqui nem nas pedras. No outro, também não sei
Até as pequenas realizações se parecem grandes. Sequências,
como os desastres fizessem um sentido apocaliptico
e fim estivesse chegando como um previsto enfadonho
Mas de nada sem doce, uns risos permissivos
Uns botões soltos no chão, umas conexões frouxas, talvez
No fim todo o caminho me levou a um lugar nenhum,
onde me sinto bem
Como se desse zero fosse nem maior ou melhor
E esse foi o mais alto dos altos!
Um nirvana torto onde a calma não ultraje,
nem monjes em esquerda se sujeitem
Toda luxúria e loucuras. Todo aquele lixo ou vício
Todo um mundo de lágrimas que choro fazendo o sentido
[derradeiro em que me deito as palbebras
Só para rimar mesmo, chapinhando nas águas desses versos
Porque justicar tais causalidades faria sentido,
no mundo do eu efeito?
Se errar me sou ainda,
todo devir e sombras, os cristos e luzes
Vou dizer e sorrir uns por ai então, gozar das potências
e flechas, fechar os olhos agora inúteis e respirar
o inesperado previsto
onde me sinto bem
Como se desse zero fosse nem maior ou melhor
E esse foi o mais alto dos altos!
Um nirvana torto onde a calma não ultraje,
nem monjes em esquerda se sujeitem
Toda luxúria e loucuras. Todo aquele lixo ou vício
Todo um mundo de lágrimas que choro fazendo o sentido
[derradeiro em que me deito as palbebras
Só para rimar mesmo, chapinhando nas águas desses versos
Porque justicar tais causalidades faria sentido,
no mundo do eu efeito?
Se errar me sou ainda,
todo devir e sombras, os cristos e luzes
Vou dizer e sorrir uns por ai então, gozar das potências
e flechas, fechar os olhos agora inúteis e respirar
o inesperado previsto
quinta-feira, 16 de julho de 2015
segunda-feira, 13 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
segunda-feira, 8 de junho de 2015
sábado, 30 de maio de 2015
Desmembramento II (sendo feito)
Ontem cortei um pedaço de mim / Quase chorei não pelo que perdia mas pela dor de me livrar / Tanta culpa que rezei nu coberto só pelo que sentia / Aceitação, conforto de sentir .... mas ficou inacabado / Quando acordei encarei aquelas linhas tornadas tortas pelo dia, numas sombras de brilhos e enguias / Numa corda bamba em que me enganava ou me iludia / E cai na realidade que não importa para onde corra, méus pés so movem na direção perdição nas colinas de sorrisos vazios / Um céu chumbo de dúvidas ? até o nascer do sol / Então espero, sento por ai num relva insegura e espero / Sob lua ou cantos de arvores em dias / No final dos dentes, la no fundo da boca, aquele gosto doce de sem nadas momentos / Vivi e vivo irritado por nada se sou tão feliz meio que sem nada ou tudo / Sou eu e me aposto que se me perco ou ganho / As raízes me decompõe sobre as copas no processo em que se alimenta / Meio louco meio lebre / Meio surto meio grosso / meio eu meio aquilo / Meio meu meio nada / Tudo espalhado sobre cascos que escondiam o pedaço do não era.
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Desmembramentos I
Se segure por ai
mas segurar o que
sou
que controle sobre o
ser
que permanece sem
vazios de mim?
Talvez seja só uma
música calma
que me chega meio
turva
pelas vertigens que
ensurdecem
Mas no meio dessa
nota
So ficam risos por
ai
Então segurar o
que?
Deixe o animal sair
não feroz nem fatal
apenas uns
arranhoes?
Umas mordidas
quaisquer?
Só porque gritam ou
gemem?
Do que tem medo, de
tanto controle?
De rir, de mostrar
seus dentes
meio com vergonha e
dor
ilusórias do que
deixou pra traz?
Não lutou para
chegar aqui
e se ver o que é?
Encara que a luta
era sem sentido
Que sempre foi que
sempre sera
o tigre que sorri
entre os dentes
que anda na corda
bamba
na qual se coloca
por diversão
que se limita por
desafio
apenas para provar
ao nadas passados
que pode
Olha para tras e
nega que o animal
sim o animal, alguma
vez
uma única vez
esteve enjaulado
Venha ate o rei
mas deixaria pedra
sobre pedra
de qualquer maneira?
Ah uns pedaços de
carne
Umas tristezas?
Nunca foi anjo
nem demonio, só ego
Uma luz que cega e
não permite
ver a verdadeira luz
Jogando a física no
lixo
Nunca foi pequeno e
nunca foi grande
mas foi sempre eu
Se fazendo de outros
por diversão
ate tristeza passou
do teatro
dores que tomou por
deleite
Mas desvelando-se a
alma
resta só o jogo
final
Vai mexer com a
besta imunda?
Quase charada de
pernas.
Andar no meio fio se
sentindo equilibrista
Autodestruição
para reconstrução
num eterno castelo
de areias de gente
Pisado pelo
cavaleiro do tempo
viu sonhos. Estava
la sem lugar
e criou o seu lugar
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Notas na pele
Escrevi meio com sangue meio com mentiras / seguindo sempre entre o
suicidio e a poesia fazendo da vida versos / como uma balada
descontrolada onde o mundo para e me jogo na loucura / as frases saem
certas de conexoes tortas / minha pele se desfaz sob mascaras onde
enterrei aquilo / ouso ainda sorrir e ver ate onde posso ir / o chao
marcara a distancia ate que a chuva lave minha vida e corte a corda
vermelha / ou talvez so versifique na covardia da autocomiseracao /
serao os vermes ou meus dentes? Mal posso esperar meu fim num sorriso
pútrido e a completa historia do meu choro infantil.
quinta-feira, 21 de maio de 2015
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
domingo, 8 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Lamento, mas.....
Quero gritar ate a
carne viva me lembrar quem estou
quero correr de mim
e da culpa
me jogar naquele
vazio de antes
quero enlouquecer
querer morrer
quero nuvens de sal
nas feridas
dor do fogo infernal
a paz longiqua que
me cerca
chorar e chorar em
recaidas
me sufocar nas
minhas fraquezas
mas nada disso me
pertence mais
nem a perdição nem
o chão
só um cair lento e
irremediável que só me leva
ao risos para cima.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Desafio Aceito
> lua
Sob
a luz da lua vi refletida / refletida lua estadias / onde ficavam meu
amores / que me perdiam nas noites /e de dia se despediam
> fogo
Quanto
mais fogo me oferece mais arranho aquela besta que me preenche / me
enlouquece seu aconhego / e te beijo em todo ardor / sem querer apagar /
mas em ti apagar so suor / te apanhar e te entreter / sob lençois a
verdejar / nos meus sonhos em teus seios
> reza
Rezo
para que solidão acabe / solipsista na existencia / perdido por ai nos
sotãos / aqueles que me abandonaram / que me arrastaram porta fora por
meus monstros / é reza ou é grito de nadas?
> anjo
Meu
anjo dorme / singela rente por dentre sonhos vazios / Ódio que sinto de
sua paz / amor que sinto por sua inocencia /queria ter suas asas /
ainda que as minhas proprias nunca foram arrancadas / mas nego que te
amo
> banho
Banho
passeio pelas bolhas / dos sabãos tiro algumas letras / pensando em
escorpiões / vespas , besouros / não sei que bem sujeira leva a água /
mas nesse banho permite ao nus e quem és / conhecer a mim mesmo
> porcentagem
Porcentagem
querida / que multiplica minhas chances / do zero ao 0,1 / que me dá
esperança sem raízes ou matrizes de te ver comigo em soma
> quadrado
Quadrado!
ela me chamou de quadrado / será o mundo tanto de redondo que ângulos
retos são visíveis? será tão certos os vértices errados que me pulgam, me
destroçam em raios? / o que será das razões quando num x sobrar o vazio
da morte?
Assinar:
Postagens (Atom)