Se segure por ai
mas segurar o que
sou
que controle sobre o
ser
que permanece sem
vazios de mim?
Talvez seja só uma
música calma
que me chega meio
turva
pelas vertigens que
ensurdecem
Mas no meio dessa
nota
So ficam risos por
ai
Então segurar o
que?
Deixe o animal sair
não feroz nem fatal
apenas uns
arranhoes?
Umas mordidas
quaisquer?
Só porque gritam ou
gemem?
Do que tem medo, de
tanto controle?
De rir, de mostrar
seus dentes
meio com vergonha e
dor
ilusórias do que
deixou pra traz?
Não lutou para
chegar aqui
e se ver o que é?
Encara que a luta
era sem sentido
Que sempre foi que
sempre sera
o tigre que sorri
entre os dentes
que anda na corda
bamba
na qual se coloca
por diversão
que se limita por
desafio
apenas para provar
ao nadas passados
que pode
Olha para tras e
nega que o animal
sim o animal, alguma
vez
uma única vez
esteve enjaulado
Venha ate o rei
mas deixaria pedra
sobre pedra
de qualquer maneira?
Ah uns pedaços de
carne
Umas tristezas?
Nunca foi anjo
nem demonio, só ego
Uma luz que cega e
não permite
ver a verdadeira luz
Jogando a física no
lixo
Nunca foi pequeno e
nunca foi grande
mas foi sempre eu
Se fazendo de outros
por diversão
ate tristeza passou
do teatro
dores que tomou por
deleite
Mas desvelando-se a
alma
resta só o jogo
final
Vai mexer com a
besta imunda?
Quase charada de
pernas.
Andar no meio fio se
sentindo equilibrista
Autodestruição
para reconstrução
num eterno castelo
de areias de gente
Pisado pelo
cavaleiro do tempo
viu sonhos. Estava
la sem lugar
e criou o seu lugar
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