sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Ode às lágrimas


Dos preparativos à melancólica pós-existência nos rituais em que interpretamos a nós mesmos
Sempre seguimos e chamamos um ou outro de dor, no corredor das memórias
Mesmo fluxo de prazer, alegria, tristezas e mortes virando a esquina, esquecidos
Tudo isso deixou marcas, não nego, mas o que se quer na volta, o que será em volta?
Presságios presentes de duetos em preto e branco? lagrimas e suicídios textuais?
Sei que nossa poesia é aleatória para o universo, fazendo um sentido, mão única
Como uma estrada e todas as estradas, sempre levando ao mesmo caminho nós
Pé ante pé diante do próximo passo ao um abismo chamando eu e sendo eu
Esses caixões travesseiros, travessos de uma depressão? São textos ! Tijolos que vem e ficam
Até sair em versos ou num silêncio não escrito, choramos, rimos, amamos, morremos.
Sentimos e escrevemos, ainda estamos por aqui

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